- Helena - 50 Livros
RESENHA de "É Assim que Acaba", de Colleen Hoover


SINOPSE DE ORELHA
Um romance sobre a força necessária para fazer as escolhas corretas nas situações mais difíceis. Da autora das séries Slammed e Hopeless. Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.
SOBRE A AUTORA

Colleen Hoover nasceu 11 de dezembro de 1979, em Sulphur Springs, Texas. Ela cresceu em Saltillo, Texas, e formou-se a partir de Saltillo High School, em 1998. Em 2000, ela se casou com Heath Hoover, com quem ela já tem três filhos e um porco chamado Sailor. Colleen se formou na Texas A&M University-Commerce com uma licenciatura em Serviço Social. Ela trabalhou com vários projetos de ação social e de ensino, até começar sua carreira como escritora.
NOTAS
ENREDO: 5
PERSONAGENS: 4
DESENVOLVIMENTO E ESCRITA: 4
INÍCIO: 3
MEIO: 5
FIM: 4
NOTA FINAL: 4,2 de 5
LIVRO BOM PARA: sair balançado
MINHA RESENHA
Li esse livro faz um BOM tempo (10/02/2018), na sua versão em inglês, e só agora me senti segura de escrever essa resenha.
Toda a trama aborda muitos tabus e aspectos importantes da violência doméstica, tendo como estrela principal a entre marido e mulher. Toda a discussão que o livro suscita é de intenso valor e ele faz isso da maneira certa, sem estereotipar ou banalizar o que envolve esse tipo de violência.
Tudo consegue ser bem construído e totalmente amarrado, mas o desenvolvimento não é lá um primor, já que a autora usa muitas coincidências para resolver alguns problemas que aparecem. Algumas delas acabam tirando um pouco do aspecto real da mulher que sofre abusos físicos de seu companheiro. Por exemplo, mulheres nessa situação encontram-se muito frágeis e sozinhas, mas por uma feliz coincidência, um cara de um passado distante reaparece como em um toque de mágica e ela se joga nesse reencontro. Infelizmente, isso raramente acontece com essas vítimas e elas acabam ficando ainda mais presas nesses relacionamentos nocivos.
O livro começa meio esquisito, até mesmo confuso, mas o desenvolvimento convence demais, além de prender o leitor até às últimas palavras. A única coisa que me incomodou mesmo foram as coincidências, que tiraram um pouco do drama desse tipo de relacionamento, mas não culpo a autora, acho que foi uma decisão bem pensada para o livro não ser um eterno gatilho. O que poderia ser algo muito ruim para quem já passou por isso, na verdade tornou-se um livro para conscientizar o leitor dessa realidade e mostrar uma saída.
A minha única crítica real ao livro como um todo é que a autora não conseguiu mostrar que a violência física nos relacionamentos só acontece por conta da existência de uma violência psicológica que é construída ao longo do relacionamento. Nesse caso, parecia que era um casal normal em que um era explosivo demais. Na vida real, isso é um pouco mais complexo. Imagine: você começa a namorar uma pessoa, você é elogiado e apreciado por esse companheiro e, em um acesso de raiva, ele bate em você. Você, como reação, provavelmente revidaria ou fugiria, certo? Aí sempre tem aquela galera que fala: "Ela ficou com o cara porque gosta de apanhar". Então, na verdade o que acontece é isso:
Você começa a namorar com uma pessoa, mas ela não te elogia; na real, ela diz que você é muito sortudo de ter encontrado a si, pois ninguém mais iria te querer. Ele critica tudo o que você faz, te deixando inseguro profissionalmente e, mais uma vez, você é muito sortudo de ter seu companheiro, já que ele pode te sustentar. Você nunca está bonito, mas está sempre olhando de um jeito diferente para possíveis casos e, segundo seu parceiro, é bem capaz de você já ter um amante, porque você não presta. No final das contas, de tanto se isolar e de escutar o que seu companheiro fala, você, de certa forma, começa a acreditar. Aí, em um acesso de raiva, ele bate em você. Você, por se achar a pior das criaturas, aceita porque acha que merece. Passam-se algumas horas e seu companheiro volta arrependido, dando presentes e pedindo perdão. Você aceita, já que, como ele diz desde o início do relacionamento, "ninguém mais iria te querer".
Acho que isso não ficou exatamente claro no livro e, para mim, fez muita falta, principalmente para que os leitores, no futuro, vejam os indícios de uma violência psicológica e possam evitar uma física, livrando a pessoa de um relacionamento tóxico.
"É Assim que Acaba" é um livro que me fez pensar muito e rever atitudes da minha própria e acho que poderia ser uma leitura obrigatória para que no futuro hajam menos casos de violência doméstica.
COMPRO, BAIXO, PEGO EMPRESTADO OU PASSO LOTADO?
Eu li o meu em inglês, mas vi que a versão em ebook brasileira está bem legal, então acho que vale a pena escolher essa versão.
ONDE COMPRAR
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