SINOPSE DE ORELHA

Eduardo e Henrique resolvem explorar uma misteriosa ilha e descobrir se as histórias que ouvem sobre o lugar são reais. Acabam se envolvendo em uma grande aventura em que um velho sábio ensina o respeito e o amor à natureza. Um clássico da literatura juvenil brasileira.

SOBRE A AUTORA

Nascida na fazenda Bela Vista, na época município de Botucatu, era filha de Antônio Lopes de Oliveira Monteiro e de Rosa de Barros Fleury Monteiro. Maria José foi alfabetizada pela mãe e seu irmão mais velho. Ainda em Botucatu, estudou música em aulas particulares e pintura no Colégio dos Anjos. Sua formação literária, contudo, deu-se antes mesmo da frequência na escola: seus pais, apesar de não serem ricos, mantinham o hábito da leitura e ainda menina já tinha travado contato com livros clássicos portugueses e mundiais, de autores como Eça de Queiroz, Leão Tolstoi, Nietzsche, Rimbaud, Goethe e muitos outros. Mudou-se para a cidade de São Paulo, onde cursou a Escola Normal Caetano de Campos, formando-se professora. Sua vida na literatura começa após casar com o engenheiro Leandro Dupré.

NOTAS

ENREDO: 4

PERSONAGENS: 4

DESENVOLVIMENTO E ESCRITA: 4

INÍCIO: 3

MEIO: 5

FIM: 5

NOTA FINAL: 4,2 de 5

LIVRO BOM PARA: se reencantar

MINHA RESENHA

Meu colégio sempre passou muitos livros para serem lidos durante todos os anos de minha formação, mas confesso que nunca tinha lido nenhum da Maria José Dupré. Seus livros eram famosos entre meus amigos, como "Escaravelho do Diabo" e "Éramos Seis", eu já não me ligava tanto. Quando surgiu a oportunidade de uma leitura coletiva com o Instagram @livrosdanati, fui logo me inscrevendo.

Foi uma leitura muito interessante. Em se tratando de um livro infantil, confesso que me assustei um pouco com a profundidade que toda a história trás, ainda por cima todas as questões que veem como moral e ensinamento. A abordagem também me causou um certo choque, já que não é nem um pouco infantilizada. Me peguei pensando o quanto deve ser difícil, em um primeiro momento, uma criança de seus 9, 10 anos conseguir engatar com a leitura desse livro.

O bom é que a história é muito bacana e super bem escrita, porque vai crescendo e prendendo o leitor de uma maneira impecável. Ele tem até um certo toque de thriller, sabe? Deixa a gente querendo saber mais o tempo todo, uma delícia. O início me travou um pouco, acho que estava imaginando algo mais lúdico, mas a trama mostrou-se muito realista e até um pouco assustadora em determinadas partes. Nada fantasioso e ainda com uma mensagem incrível no final que convence perfeitamente.

O final me pegou realmente de surpresa, foi uma delícia terminar de ler esse bonitinho. Apesar de ser um livro curto e direcionando para um público bem jovem, a história como um todo consegue alcançar a todos, possuindo elementos muito bacanas e que conseguem sensibilizar o leitor. Acho que seria melhor classificá-lo não só como um livro infantil, mas sim um livro para quem tem pouca prática de leitura, pois vejo perfeitamente bem um adulto recém-alfabetizado conseguindo lê-lo e ainda curtindo muito o processo.

"A Ilha Perdida" foi uma leitura surpreendente, que me abriu os olhos para a obra dessa autora tão conhecida e prestigiada em nossos primeiros anos escolares. Não gostou da premissa desse livro? Tudo bem, mas leia alguma coisa dessa mulher maravilhosa.

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